quinta-feira, 25 de junho de 2015

Ori and the Blind

Ori and the Blind Forest é o jogo de plataforma 2D desenvolvido pela Moon Studios e publicado pela Microsoft para Xbox One e PC, o jogo coloca você na pele do pequeno Ori um Espirito Branco Guardião, que cai da Árvore dos Espíritos e é adotado por uma criatura da Floresta chamada Naru.

Fortemente inspirado por jogos como Super Metroid e Zelda: A Link to the Past o jogo possui um enorme mapa único, onde algumas regiões só são acessíveis após adquirir uma nova habilidade. Muitas vezes é necessário explorar novamente algum lugar já visitado, o que o classifica como um metroidvania. O jogo possui também elementos de RPG e simplesmente os melhores gráficos e animações já vistas em um jogo do gênero (Rayman Legends que me desculpe).

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Os primeiros minutos de jogo se alternam entre controlar Naru e Ori de maneira muito simples. Para introduzir a história do jogo, e algumas mecânicas básicas, gostaria de falar mais sobre essa parte do jogo que é muito bonita e emocionante, mas prefiro evitar spoilers. Depois de alguns eventos que ocorrem na floresta, os dois são separados, e a partir daí você é Ori uma pequena criatura branca que tem como única habilidade o pulo.

A primeira coisa que você vai reparar é a arte do jogo, os gráficos são um show a parte e as animações são muito bem feitas. Fica muito claro o carinho e o cuidado que os desenvolvedores tiveram aqui. Você vai querer parar e apenas observar o quão belo é o mundo que a Moon Studios criou. Mas, felizmente, não foi apenas nos gráficos que a produtora do jogo caprichou. Eles tiveram também toda uma atenção para o “level design”, um dos elementos mais importantes em um metroidvania. Tudo parece ter sido muito bem calculado, desde a posição das plataformas até a dos dos inimigos, e como tudo isso faz sentido quando você retorna às áreas iniciais do jogo com novas habilidades.

A primeira coisa que você vai reparar é a arte do jogo. Os gráficos são um show à parte e as animações são muito bem feitas. Fica muito claro o carinho e o cuidado que os desenvolvedores tiveram com o jogo

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Como dito anteriormente Ori começa o jogo apenas com a habilidade de pulo, e nos primeiros instantes do jogo é tudo que você precisa. O jogo não te oferece desafio nenhum, isso até você adquirir a primeira habilidade de ataque. A partir daí, aquele mundo lindo de fantasia e aparentemente tranquilo se transforma, e logo no primeiro inimigo o jogador percebe um contraste com o que foi apresentado até ali.

Basta mais alguns minutos de jogo para a dificuldade aumentar mais e mais
No lugar do clássico primeiro inimigo de um jogo de plataforma que costuma ser bem lento, paradão ou que morre com um só golpe, aparece do nada, um ser que te ataca sem parar, ironicamente pulando na sua cabeça e com movimentos relativamente rápidos, não que seja muito difícil mata-lo mas já fica claro que temos alguma coisa diferente aqui, basta mais alguns minutos de jogo para a dificuldade aumentar mais e depois mais. Temos aqui algo extremamente desafiador, a cada nova habilidade de Ori o jogo te apresenta novos desafios que dificultam a sua vida, porém apresentam novas mecânicas que renovam o jogo. A boa notícia é que os controles respondem muito bem e se você morrer dificilmente será por culpa do jogo.

A cada inimigo que Ori elimina ele ganha pontos de experiência que podem ser utilizados para torná-lo mais forte, coisas como tirar mais dano ou ver itens escondidos no mapa. Em pontos chave do jogo, Ori adquiri novas habilidades especiais, que só podem ser obtidas se você avançar na história. Essas habilidades mudam significantemente a mecânica do jogo, por isso são separadas e só podem ser acessadas em determinado ponto.

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Outra forma de conseguir deixar Ori mais forte é achando melhorias de vida e até mesmo pontos de habilidade, que estão escondidas pelo cenário ou em áreas de acesso difícil que exigem extrema habilidade por parte do jogador.

O jogo possui alguns saves automáticos que em pouco tempo você irá perceber que não são o suficiente

O jogo possui alguns saves automáticos que em pouco tempo você irá perceber que não são o suficiente, acredite você vai querer salvar frequentemente o jogo, pois caso morra irá retornar ao último save, o que é extremamente frustrante se você passou por uma região muito difícil. O problema é que para salvar, Ori precisa usar recursos do jogo que são limitados, portanto quando e onde salvar acabam se tornando uma estratégia que o jogador vai ter que dominar com o tempo.

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Um dos momentos de maior clímax do jogo, são as partes de fuga
Um dos momentos de maior clímax do jogo, são as partes de fuga, aonde o jogador tem que usar toda a sua habilidade para fugir de determinado lugar. Nesses locais não é permitido salvar e o desafio é bem alto, o cenário se move sozinho te obrigando a sempre avançar, caso morra o jogador tem que fazer tudo novamente, nessas regiões assim como em muitas outras o jogador tem que ficar no processo de tentativa e erro, o que pode não agradar algumas pessoas.

A trilha sonora é muito boa e apropriada para o universo do jogo, me lembrou bastante as musicas de Child of Light, fazendo você se sentir dentro de um conto de fadas infantil.

Texto original: _ChRoNuS

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